A máxima da evolução espiritual que orienta as decisões é o AMOR AO PRÓXIMO e as consequências desse amor. Amar significa minimamente se colocar no lugar do outro e ter empatia pela sua dor. Mas, significa também amar a si mesmo, se perdoar e se cuidar. No exercício de aumentar nossa capacidade de amar, a única forma de amar a nós mesmos e perdoar a nós mesmos é treinando com o próximo. Por isso se diz que : “fora da caridade não há salvação”.
O ser humano encarnado na Terra tem dívidas para resolver. Dividas são o mal que fizeram no passado por não saber Amar. Mas, você já parou para pensar que diante da tribulação da Terra na passagem de expiação para regeneração as cobranças podem estar maiores do que as dívidas? Além disso, diante das várias vidas de sofrimento, será que os encarnados tiveram todos os ciclos de repetição que já experimentaram, que podem estar sofrendo dores parecidas em várias encarnações?
Desse modo, você já parou para pensar quem é o maior cobrador dessa dívida infinita que vem em ciclos de repetição, atingindo os encarnados e a todos que amam e exatamente em cima dos maiores medos?
Os Mentores de Luz que trabalham na Terra, permitem que os irmãos sofredores mostrem que o encarnado fez muitas e muitas vezes, o mal ao próximo e ao planeta Terra, de várias formas repetidas e diferentes, ao longo das existências. Mostram o que fizeram, inclusive, mal a Terra, que foi a morada obrigatória de expiação, e hoje é a morada de transformação.
Portanto, o encarnado ajudou a construir ou a destruir, o lugar de nascer no mundo, numa família ou na ausência dela. A presença ou ausência desse espaço familiar na chegada à Terra tem a participação direta de cada alma aqui encarnada. E esse espaço ou a ausência dele, geram os maiores desafios que vão enfrentar ao longo da encarnação. Esse é um exemplo que mostra que o maior cobrador do encarnado é a sua consciência que guarda em sua alma todo o mal que fez, juntamente com a concepção sobre o que merecem receber na terra.
Mas receber de quem? Dos humanos em relação com ao encarnado, da espiritualidade em relação com o encarnado e da natureza do planeta (que também é espiritual) em relação com o encarnado.
São os encontros diretos que terão ao nascer, com pessoas, espíritos e com a natureza (secas, geadas, inundações, epidemias, terremotos…). Tudo isso está relacionado de maneira profunda com a relação que cada um tem com seu EU interior.
Os encarnados ainda Não aprenderam a amar, o outro, nem a si mesmos. Estão sempre identificando que merecem isso ou aquilo. E isso é sempre cobrado em relação ao próximo, mas não amam ao próximo porque não amam a si mesmos.
Importa chamar atenção para o fato de que quem ama sempre dá mais do que o outro merece. Amar é incondicional, portanto, não tem relação com merecimento. Merecer não é critério para quem ama. Amar é outra coisa.
O amor que trás evolução espiritual, tão apontado pelos Mentores de Luz como o único caminho, está ligado a virtude da generosidade, que significa dar ao outro mais do que ele merece. Merecer não é avaliado no amor, merecer é avaliado na expiação.
E claro, a expiação faz parte da realidade, mas a forma como ela faz parte da realidade da Terra, tem haver com a falta de amor, falta de capacidade de amar. O encarnado simplesmente não sabe, não consegue amar suficiente para acabar com a expiação do outro e com a sua.
O maior cobrador é a falta de capacidade de amar, que gera novas cobranças. O maior cobrador é a procura incessante por merecimento, em si e no outro.
Chegamos ao ponto de confortar, saber que uma pessoa em grande sofrimento hoje, teria feito algo ruim para merecer isso. Processo racional de conforto, mas racionalmente muito distante do amor. Amor não é racional, é estado da alma, um estado de ser. Por isso, o amor não se calcula, amor se entrega porque transborda.
Acredita-se que todos os sofrimentos são merecidos. Essa crença tem que mudar. É preciso entender que, provavelmente, todos os sofrimentos são consequências dos atos. Sim, consequências de escolhas, pensamentos, vidas passadas, atrações mentais, pactos e magias agarradas e presas no planeta Terra por obra do próprio encarnado. Uma consequência não significa merecimento, porque está o tempo todo em processo de transformação.
Perceba! Retirar as consequências dos atos só é possível hoje, porque o planeta está deixando de ser um planeta de expiação para se tornar um planeta de regeneração. Antes, a vida na Terra era só expiação, agora pode ser algo mais.
Quando a vida era só expiação, felicidade era sinônimo de prazer. Pois a vida se resumia em prazer e dor. Hoje existem estados de paz que são muito mais atraentes aos encarnados do que a dicotomia prazer e dor.
Paz é outro sentimento do mundo de regeneração, pois só existe paz se houver generosidade, ou seja, se formos capaz de perdoar sem pedido de perdão, sem castigo, sem cobrança. No mundo de expiação tudo se baseava em prazer e dor. Assim a paixão, o ódio, a inveja, a raiva e a vingança apareciam como instrumentos da justiça. Justiça seria dar a cada um o que cada um merece. Justiça não é amor, é promover um estado eterno de cobranças entre seres imperfeitos que erram cotidianamente nas suas existências na Terra.
Amor não tem nada haver com justiça, tem haver com generosidade e paz. Está ligada a interrupção da cobrança, ao desligamento dos pactos do passado.
Quando se acende uma luz num quarto escuro, ela não escolhe o que vai iluminar, ela não escolhe qual parte do quarto merece ser iluminada, ela só ilumina. Porque a luz do universo é assim, generosa.
Salve Deus!
Outubro/2024






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